O lenço

 

UM POUCO SOBRE O LENÇO DO ESCUTEIRO


O nosso lenço de Escuteiro, de certa forma, é o que mais representa o Movimento Escutista, pois é usado em todo mundo! Faz-nos lembrar da Promessa e da Lei Escutista! Se você é portador da Insígnia de Madeira ele representa o 1º Grupo de Gilwell, de Gilwell Park, na Inglaterra, o templo sagrado do Escutismo. Mantenha o lenço sempre limpo e bem passado. Não o amasse, dando nós!
Baden Powell ensinou-nos a importância da Promessa e da Lei Escutista e que podemos privilegiá-la quando usamos com orgulho o nosso uniforme de Escuteiro!
O lenço é o último item do vestuário/uniforme escuteiro que se coloca, significando que você está pronto para usa-lo com honra!
Segurando o Lenço Escutista aberto em suas mãos, verá que tem três lados, provavelmente para nos lembrar das três partes da nossa Promessa Escutista!
Portanto, quando abrimos o lenço, lembramos:
1º parte da Promessa: “Prometo pela minha honra e com a graça de Deus fazer todos os possíveis por: Cumprir com os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria” (o lado principal é o maior do lenço para nos lembrar do nosso constante e eterno compromisso com DEUS. Esse lado fica em contato direto com você, com seu pescoço, como a sua fé, fica em seu coração).
Mas ao mesmo tempo esse lado dá continuidade aos outros lados, porque sem DEUS, não há suporte para todo o resto...
2º parte da Promessa: Segure o lenço agora pela segunda ponta e você descobre um dos lados e lembra-se da segunda parte da Promessa que é “Auxiliar os meus semelhantes em todas as circunstancias”. Esse lado fica visível para mostrar o compromisso que temos de fazer, todos os dias, pelo menos uma boa ação (BA).
3º parte da Promessa: O outro lado do lenço também cumpre essa missão e traduz a última parte da Promessa, “Obedecer a Lei do Escuta”. Esse último lado diz respeito aos seus valores pessoais que você adotou quando prometeu obedecer a Lei do Escuta.
Até a maneira que nós enrolamos o nosso lenço tem a ver com a Promessa Escutista!
Há um padrão sugerido, que se cumpre em alguns países da Europa, e também nos Estados Unidos e Canadá – enrola-se o número de vezes tantos quantos são os artigos da Lei do Escuta! Portanto enrola-se dez vezes.
Naturalmente, esse ato de dez dobras depende do pano que é feito o lenço, principalmente de sua espessura, para que permita passar pela anilha do lenço.
Outros países simplesmente enrolam o lenço sem se preocupar c/ o número de vezes, como acontece no Brasil. Nenhum procedimento consta dos regulamentos oficiais.
É pratica da fraternidade a troca de lenços e muitos fazem coleção. Há Escuteiros que exibem com carinho centenas de lenços! Normalmente, por opção, não é trocado o primeiro lenço, aquele com que fizemos a nossa Promessa Escutista, pois ele tem muito significado e guarda grandes recordações.
Por tudo que foi aqui exposto, recomendamos que não amasse seu lenço! Nem sejam feitos “nós da amizade” e outros mais que existem como moda. Em uma actividade com mais Grupos, por exemplo, um fogo de Conselho, aceite dar o nó da amizade, mas após o encerramento, desmanche o nó. Imagine dez amigos querendo dar o nó... Não há tamanho de lenço suficiente. A amizade, quando é verdadeira, não precisa que se dê nenhum “nó”, pois ela está em nosso coração!
O lenço Escutista deve ser usado com a anilha do lenço, chamado em alguns Estados de “arganel” e nunca posto sobre os ombros, amarrados unindo as duas pontas com um nó, como se fosse um “colar havaiano”! Dá uma impressão de relaxamento, desleixo com o uniforme e que o Movimento Escutista prima pela falta de brio!
Em casos de emergência, pode ser usado como ligadura ou para confecção de uma maca, com o uso de vários lenços. Um sinal de atenção ou de socorro, uma compressa quente ou fria para uma contusão e até como uma bandana para proteger a cabeça do sol forte de verão. O uso é ilimitado e a cada necessidade cria-se um uso. Essa “onda” de se usar o lenço sem anilha, unido com um nó iniciou em um Jamboree Mundial em que cada função de campo era representada por um lenço de cor diferente. O campo fornecia o lenço mais não a anilha. Então a solução foi “amarrar” as pontas do lenço e jogá-lo nas costas. E, não sabemos porque a moda pegou. Sem contar o perigo de agarra-se num galho e dar um puxão forte no pescoço, durante um jogo mais agitado!


Aprenda a honrar seu lenço e tenha por ele um carinho todo especial!

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